sábado, 7 de fevereiro de 2009


Teorias científicas

Será que já chegamos a esse ponto? Será que toda a vasta estrutura do naturalismo moderno está fundamentada não em evidências positivas, mas sim num preconceito metafísico a priori? Será que o seu objetivo não é apoiar os fatos, mas manter Deus de fora? Mesmo que a evolução, no sentido estritamente biológico, tenha algum fundamento melhor que esse [...] - e eu não consigo deixar de pensar que tenha -, precisaríamos distinguir a evolução, no sentido estrito, do que poderia ser chamado de evolucionismo universal do pensamento moderno. Por "evolucionismo" universal me refiro à crença de que há uma fórmula de processo universal que vai do imperfeito para o perfeito; dos pequenos começos para os grandes fins; do rudimentar para a coisa elaborada. É a crença que faz as pessoas acharem natural pensar que a moralidade é gerada por tabus selvagens; que sentimentos adultos [possam vir] de desajustes sexuais infantis, que a razão surja do instinto; a mente da matéria; o orgânico do inorgânico; o cosmos do caos. Esse, quem sabe, seja o hábito mais arraigado da mente no mundo contemporâneo. Esse pensamento me parece muito pouco plausível, porque torna todo o curso geral da natureza muito longe e distinto daquelas particularidades que podemos observar.

C. S. Lewis

Retirado de The Weight of Glory (Peso de Glória)


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Visões ofuscadas de Deus

Tratando-se de conhecer a Deus, a iniciativa veio da parte dele. Se ele não se mostra, não há nada que você possa fazer para encontrá-Io. E, de fato, ele se revela muito mais a certas pessoas do que a outras, não porque faça acepção, mas porque é impossível que ele se mostre por completo a um ser humano cuja mente e cujo caráter estão em péssimas condições. É como a luz do sol que, embora não tenha preferências, não consegue refletir-se num espelho sujo de forma tão clara quanto num espelho limpo.

Você pode colocar isso de uma outra forma, dizendo que, enquanto em outras ciências os instrumentos são coisas externas a você mesmo (como microscópios e telescópios), o instrumento por meio do qual você vê a Deus é o seu ser. E se esse "ser" não for mantido limpo e luminoso, seu olhar para Deus ficará obscurecido – à semelhança da lua vista num telescópio sujo. Eis porque nações horríveis têm religiões horríveis: elas sempre olharam para Deus com lentes sujas.

C. S. Lewis

Retirado do livro Cristianismo Puro e Simples

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sugestão de Livro: POR QUE CREIO - Dr. James Kennedy

Este é um ótimo livro cristão. Tenho a primeira edição e por já estar bastante surrada já vou adquirir a nova.

Prefácio do livro:

VOCÊ É CAPAZ DE DEFENDER SUA FÉ DIANTE DE CRÍTICAS, DE INCRÉDULOS QUE O RODEIAM?
Os desafios do mundo atual são inumeráveis: materialismo, ateísmo, religiões não-cristãs, televisão, revistas, filmes... O livro POR QUE CREIO lhe dá ampla munição para contra-atacar:
Como as profecias cumpridas demonstram visivilmente a veracidade bíblica.
  • Como a arqueologia confirma a verdade bíblica.
  • Os argumentos científicos em favor da criação.
  • Evidências cosmológicas e teológicas da existência de Deus.
  • Conjunto de dados que confirmam a realidade da vida depois da morte, céu e inferno.
  • As falácias existentes em muitos "sistemas" éticos e razões para termos princípios morais absolutos.
  • Evidências existentes para se crer em Cristo, na ressurreição, no novo nascimento, na volta de Cristo e no Espírito Santo.
Eu digitalizei o primeiro capítulo - Por Que Creio na Bíblia - e passei para pdf:

http://www.4shared.com/file/79259242/bf61df08/James_Kennedy_-_POR_QUE_CREIO_NA_BIBLIA.html

Leiam! eu recomendo comprar o livro (R$10,00 + frete). O site é esse: http://www.eebrasil.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Itemid=1

O Dr. James Kennedy é pastor da Igreja Presbiteriana de Coral Ridge, Fort Lauderdale, Flórida.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Imagine um caramujo erudito

De onde vem essa predisposição das pessoas de achar que Deus possa ser tudo, menos o Deus concreto, vivo, desejoso e atuante da teologia cristã?

Acho que a razão é a seguinte: Vamos imaginar um caramujo totalmente erudito, um verdadeiro: guru entre os caramujos, que (em uma visão arrebatadora) consegue ver, ainda que de relance, o que é um ser humano.
Na tentativa de transmitir suas visões aos seus discípulos, os quais já têm seus próprios conceitos sobre o assunto (ainda que menos informados do que ele), ele terá que usar muitas negações. Terá que lhes dizer que nenhum ser humano vive em uma concha; que não vive como um molusco, grudado em uma pedra; que não vive rodeado de água etc. E os discípulos que tiverem alguma visão, certamente, acabarão captando a idéia do que seja o ser humano.

O problema é que chegam então os caramujos intelectuais, eruditos, que escrevem histórias da filosofia e dão palestras sobre religiões comparadas, mas que nunca tiveram visão por si mesmos. Tudo o que eles conseguem extrair das palavras proféticas do caramujo são apenas os aspectos negativos, tudo isso sem o corretivo de um olhar positivo. Eles constroem, assim, uma imagem do homem como se fosse uma espécie de gelatina amorfa (ela não possui concha), que não existe em um lugar específico (muito menos grudada em alguma pedra), e que jamais se alimenta (não há ondas fazendo o alimento chegar até ela). E, fiéis à sua reverência tradicional pelo homem, eles concluem que ser uma gelatina subnutrida, que vive num vácuo sem dimensões, seja o modo supremo de existência. Assim, rejeitam como grotesca, materialista e supersticiosa toda doutrina que atribua ao homem uma forma, uma estrutura e um sistema orgânico definidos.

C. S. Lewis

Retirado de Milacles (Milagres)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Minha Mensagem de Natal

Há muito tempo atrás um poeta decidiu escrever sua obra. Poetas são seres mágicos, suas palavras têm o poder de criar mundos. Basta que digam e as coisas acontecem, surgem do nada, ex nihilo, desejos que se transformam em coisas.

Esse poeta criou mundos assim, pela sua palavra. Bastava dizer e as coisas vinham à existência. Era característica dele o gosto pela criação, e sempre ao final de cada criação ele via que tudo aquilo era bom... e seguia adiante... criando coisas, até que decidiu encerrar a sua criação. Era hora de escrever a sua obra prima, sua grande ária da magnífica ópera que começava a existir.

Havia um cuidado especial para a criação de seu mais grandioso poema, não bastariam as palavras ao vento, Ele as queria escrever com as próprias mãos, seria diferente, ao invés de simples palavras, barro... e então a obra foi feita, imagem e semelhança dEle. O grande poeta então, ao ver sua obra ali, como ele queria, soprou sobre ela... e a poesia ganhou vida, ganhou palavras novas, ganhou o sopro do criador... inspiração... expiração... vento...

Mais tarde, ao contemplar sua magnífica obra percebeu um ar de tristeza na sua poesia, faltava-lhe algo, faltava-lhe rima, algo que o completasse inteiramente... havia um vazio em meio a algumas linhas e o poeta fez com que sua poesia dormisse, e sonhasse... nos sonhos os mundos também se criam...

Ao acordar de seu sono o poema se viu completo, as palavras agora se encaixavam perfeitamente, e havia sentimentos novos... desejo... amor... coisas que só um poeta entende, e sua poesia também. E assim conviviam bem, poeta e poesia, autor e obra, e da criação passou-se à nomeação das coisas, palavras novas, imaginação, imagem em ação, nomes, palavras, seres... vidas...

Até que um dia um cientista resolveu aparecer para complicar a história. Cientistas detestam poetas e odeiam poesias. Afinal, cientistas são conhecedores do bem e do mal... então o cientista resolveu oferecer ao poema a “grande chance” de deixar de ser poesia e tornar-se uma grande tese acadêmica, afinal a poesia é para os sonhadores, loucos, boêmios, amantes, mas as teses científicas é que dominam o “mercado” e nos dão garantia de sermos deuses, conhecedores de todo o bem e todo o mal.

A poesia cedeu sua beleza e encanto à praticidade do texto científico... houve um borrão no poema original, que perdeu sua essência... tornou-se um texto chato, cansativo, longo demais... textos desses que ninguém consegue entender, dizem até que num determinado momento tal era a confusão que a tese se dividiu em línguas diferentes, nem ela mesmo se entendia... babel... confusão...

Algo deveria ser feito para se reconquistar a poesia original... mas... o que ? Um poema como o original, algo tão belo que, ao morrer poesia (e toda poesia traz em si um pouco de morte) apagasse as manchas do primeiro poema e restaurasse a beleza que havia escondida sob os borrões das teses cientificas, sob o conhecimento do bem e do mal.

Os filósofos, amigos dos poetas, chamavam o criador de poemas de Verbo, verbo é a alma do poema, poemas sem verbos são chatos. Imagine um poema sem amar, sentir, chorar, sonhar, ver, ouvir, tocar, cheirar, sofrer...

Pois o verbo... se fez carne... o poeta se fez poesia, e mais...se fez criança. Crianças e poesias tem muito em comum... não se levam a sério demais. Brincam com a vida, brindam a vida. Como diria o poeta Rubem Alves: “O natal é um poema. Nele Deus se revela como criança (...) Prefiro o Deus criança. No colo de um Deus criança, eu posso dormir tranqüilo.”

Isto é natal!! Poesia, amor, canção... tudo embalado e regido por uma criança... deixai vir a mim os pequeninos porque dos tais é o reino da poesia. Deus é o poeta... nós somos o poema... Jesus é o poeta-poema feito criança... natal!!

Já quis muito ser teólogo... hoje não quero mais.... quero ser poeta. Um teólogo vê uma criança e trata de elaborar uma tese, talvez sobre a soteriologia infantil, pedobatismo, idade da razão, etc. O poeta vê uma criança e brinca, faz poesia, e a criança brinca com ele, vira poema! Viva a poesia! Que o natal seja o renascimento de poetas e poemas, de canções de amor, de sonhos, de jardins repletos de felicidade...

Que o poeta seja reverenciado, que o poema-criança seja amado, e que o poeta que se fez poesia seja lembrado como o criador dos versos mais maravilhosos que ele já fez, mudando de vez a história... mudando a nossa história...

Feliz Natal!!!

José Barbosa Junior
Retirado de www.crerepensar.com.br

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O cordel da apostasia


Indo direto ao assunto.
Estou muito preocupado
Com o que anda se pregando
E sendo aceito adoidado.
Tão mentindo para o povo
Com esse evangelho novo
Que é anatemizado.(Gl.1:8)

Outro dia alguém me disse,
Parece conversa de bebo,
Que o diabo não existe
Só existe se eu concebo
Que morar de aluguel é pecado
E que pra ser abençoado
Basta dizer “eu recebo”

É corrente da casa própria
Corrente da impotência
Corrente do descarrego
Meu Deus quanta imprudência
E a pergunta que me sai
É até onde vai
A falta de inteligência.

Uma coisa bem marcante
Na nova teologia.
É que o dinheiro é que manda
Parece as Casas Bahia.
Sobra pastor interesseiro
Que topa tudo por dinheiro.
Até fazer baixaria.

E por falar em pastor.
Essa palavra é pequena
Eles querem é ser apóstolo
Ser pastor não vale a pena
Querem patriarcas entre os seus
Arcanjo ou vice Deus
Pra renda não ser pequena.

Mas uma coisa me alegra.
Ao ver tanta aberração
É que Jesus avisou
Não é novidade, não
Mateus capítulos sete.
Aonde Jesus arremete
à chegada dos fi do cão.( Mc 7: 15-23)

Esse outro evangelho
É bem visto por ai
Chamam de nova unção.
Facinho de engolir
Vem com tanto “marketismo”
Que até o catolicismo.
Tá começando a aderir.

Tem unção da risadeira
Da língua dos animais
Unção pra andar de quatro
Pra amarrar satanás.
Unção pra virar pastor.
E curar sem ser doutor
Quaisquer doenças fatais.

Unção é palavra fácil
Na língua desse povão
Muita gente se pergunta
Qual a significação.
Como muito já falei
A única coisa que eu sei
É que unção e outros não são

Se um anjo aparecesse
E me mandasse acreditar
Nesse evangelho falso
Que estão a anunciar
Eu dizia sai capeta
Que com essa tua treta
Tu não vai me enganar (Gl. 1:8,9)

O que escrevi aqui
É só pra acautelar

Fonte:
Comunidade no Orkut: Caio Fábio - Leitores/Ouvintes

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

John Lennon mal interpretado há 42 anos

Por muitos anos - desde o dia 4 de março de 1966 quando o repórter Maureen Cleave, do jornal The London Evening Standard, publicou o artigo “How does a Beatle live?” -, a famosa frase de John Lennon, “Nós já somos mais populares do que Jesus” repercutiu o mundo inteiro. A afirmação do beatle provocou a ira e até mesmo a revolta de vários grupos religiosos que passaram a classificá-lo como blasfemo, inclusive, protestando em shows e eventos por onde o grupo se apresentava.

Quinze anos depois, no dia 8 de dezembro de 1980, Lennon - que morava com a mulher Yoko Ono em um apartamento de frente para o Central Park em Nova Iorque - é morto com cinco tiros por um fã que, horas antes, havia lhe pedido um autógrafo. Surgia entre os religiosos o comentário: “Deus nunca se deixa zombar”, como se a frase dita por Lennon tivesse determinado sua condenação.

Agora, 28 anos após sua morte, a recente descoberta de uma entrevista concedida por Lennon à CBC em Montreal no ano de 1969, pode colocar fim a todas as acusações feitas ao cantor, ao que tudo indica, injustamente.

Na gravação – que em breve deverá ser veiculada na BBC4 de Londres – Lennon é questionado sobre a afirmação que lhe rendeu duras críticas por todo o planeta. Mas, ao contrário do que as inúmeras biografias relatam, ele defendeu-se dizendo que aquilo era apenas uma expressão: “De fato, os Beatles parecem ter maior influência sobre a juventude do que Jesus”, afirma Lennon “Agora, eu não estava dizendo que isto era uma boa idéia, até porque eu sou um dos maiores fãs de Jesus Cristo. Se eu puder mudar o foco dos Beatles para transmitir a mensagem de Cristo, então, é isso que o grupo vai fazer. Talvez as igrejas não se encham por causa dessa mudança. Mas haverá muitos cristãos dançando nas casas de show. O que eles celebram, não acho que seja importante, desde que todos estejam conscientes da mensagem do Evangelho”.

Se as idéias de Lennon, o compositor de “Imagine no religion”, ainda parecem profanas para o Cristianismo moderno, não vem ao caso - afinal, o astro considerava as instituições religiosas hipócritas e sempre lembrava de um padre que o havia expulsado da igreja por ter rido durante uma missa, quando tinha apenas 14 anos - Certo ou errado, fato é que sua polêmica afirmação só quis expressar que a igreja institucionalizada dos anos 60 não dialogava tão bem com a juventude da época, quanto as músicas apresentadas por seu grupo. Resta saber "se a igreja corporativista da atualidade", como diz Bono Vox, já mudou a sua concepção.

Retirado do blog de Oziel Alves

sábado, 1 de novembro de 2008

SABENDO SEM NADA SABER

João 9


O texto de João capitulo nove — ao introduzir através do “cego de nascença” o tema da Graça como poder de cura [da cegueira], de revelação [de quem Jesus era, de quem o cego era, de quem os pais do cego eram, e de quem os religiosos eram], de misericórdia [manifesta pela decisão unilateral de Jesus de curar o homem], de juízo [sobre os religiosos incrédulos], e, sobretudo, de desvendamento do poder da Graça na desestabilização dos poderes constituídos [o fato moveu as entranhas do Templo] — nos faz ver como a pressuposição de que se “vê” algo, como diziam os religiosos do texto, “nós vemos”, é justamente aquilo que mais nos cega.
Se fosseis cegos, pecado não teríeis; mas porque dizeis ‘nós vemos’, subsiste o vosso pecado”.
Assim, a equação espiritual do Evangelho acerca de “ver”, é simples:
Não veja por você mesmo. Veja através do Evangelho. Pois o ver mediante o Evangelho sempre parte do fato de que aquele que vê, antes de tudo viu que nada via. E viu sendo cego, pois, agora vê não porque tenha visto Quem o curaria, mas porque por Esse fora antes visto.
No entanto, aquele que diz: “eu vejo”, esse está cego!

Ora, mesmo nos meus melhores dias de percepção [Sim! Pois a percepção sofre variações] ainda vejo que nada vejo, ou, na melhor das hipóteses, vejo apenas muito e tão somente em parte e em parte...
Afinal, quem sou eu?
Sou o que não é em todos os sentidos!
Não tenho poder nenhum sobre e contra quase tudo, ou tudo.
Sim! Pois até na minha melhor segurança, somente seguro me sinto pela multidão de minhas ignorâncias, assim como alguém que dorme sobre um ninho de cobras hibernantes, e pela ignorância acerca da presença delas, descansa em paz.
Dou graças a Deus pela minha ignorância, pela minha chance de não saber, pelo descanso que advém de apenas confiar e viver em paz!
Dou graças ao Pai por apenas viver pela fé. Afinal, por mais hiper-confiante em Deus que eu seja [de fato: fosse], não sou Jesus; e não suportaria viver sabendo para além do que posso como homenzinho e vermezinho de Jacó.
Assim, cada dia mais amo todas as minhas limitações!
Estou tirando prazer da fraqueza e aprendendo dia a dia a benção de não poder e de não entender quase nada, e, ainda assim, andar satisfeito e muito em paz!
O paradoxo do Evangelho neste aspecto da vida, é que quanto mais você se satisfaz apenas em andar pela fé[e não que pelo que se pensa ver], mais surge em você a compreensão que excede o entender e o entender que prescinde do compreender.
E, assim (sem vírgulas):
Você começa a não saber enquanto já sabe sem saber como tudo aquilo que você não compreende possa estar em você entendido como algo que você não compreende para poder explicar.
Entendeu?
Mas é assim mesmo!
Creia e fique sabendo!


Caio Fábio (por e-mail)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

SE É POR FALTA DE ATEUS...

Eles saíram alucinados aos montes numa terrível noite sem lua e, como zumbis, saíram à caça de cérebros. Eram eles, os ateus.
Os jornais depois diriam que tudo começou com um ritual de queima de livros do Richard Dawkins. As cinzas teriam subido e, por misteriosamente conter uma tal substância secreta, quando misturada à garoa, transformou um monte de gente em zumbi-teus.
E lá iam eles pelas ruas, ferozes, disformes, gritando "FOME! BRAINSSSS" (a maioria era bilíngüe). Populares, surpresos, buscavam abrigos seguros. Alguns em pânico, outros curiosos, outros revoltados, outros caçoando. Mas ninguém ficou inerte aos acontecimentos daquela noite.
Os zumbiteus agiam assim: pulavam no pescoço da vítima e abriam um buraco na cabeça delas à dentadas. Mal dava tempo de reagir, e em segundos, bye-bye os miolos da pessoa. Um a um, foram dominando quase que a cidade inteira.
As vítimas, porém, tinham reações diversas. Muitos imediatamente viravam zumbiteus e saíam atrás de outras cabeças. Outros, nem se mexiam depois do ataque - ficavam sentados com o olhar vazio. Tinha um grupo cabeça dura mesmo, e essas os zumbiteus não conseguiram arrebentar. Mas fizeram um estrago danado, deixando essa gente com uma dor de cabeça insuportável. Esses foram, naquela noite, chamados de "Os Resistentes" - mas ficaram todos tão atordoados que não conseguiram, de verdade, organizar uma resistência.
A noite ia alta quando, numa mansão no bairro nobre da cidade, se reuniu um grupo de notáveis cristãos. Estavam lá alguns pastores, apóstolos, bispos, tele-evangelistas, muitos cantores gospel e aqueles uns que são tudo isso ao mesmo tempo.
Rapidamente, consultaram os estrategistas e o pessoal de marketing, mas estes não tinham nenhum plano de ação pronto pra uma emergência como essa. Uma moça bonita de bela voz sugeriu doze vezes que se orasse pedindo misericórdia, e um senhor de meia idade esbravejou que na sua bíblia da plenitude financeira não tinha nenhum comentário no rodapé com qualquer soluçãozinha cretina que fosse.
- Irmãos - gritou alguém, emocionado - lembrem-se! Tragam à memória! Quem sustenta nosso ministério, quem nos apóia incondicionalmente, quem é a razão da nossa vida?? A quem devemos clamar agora??
E todos se entreolharam, um pouco envergonhados de terem se esquecido disso. Depois de alguma deliberação, perceberam que essa solução era apenas temporária, mas pelo menos traria alguns momentos de vida a mais - então que assim fosse.
Foram ao estúdio de televisão e transmitiram em cadeia nacional o seguinte comunicado:
- Nós, santos homens e mulheres de Deus, nos reunimos nesta casa de oração para estudar a presente crise. Temos a palavra do profeta que disse "o devorador não terá vitória sobre a tua vida se viverem unidos os irmãos. Não levante a mão contra o Ungido do Senhor, mas oferece-te a ti mesmo em sacrifício vivo, santo e agradável que é teu brado de adoração". Caros fiéis, membros de nossas igrejas, nossos seguidores, razão da nossa vida! Conclamamos a quem venham, cerquem essa casa de oração, declarem a vitória e abençoem a vida dos seus líderes!
E foi assim que, pouco antes do amanhecer, uma multidão incontável marchou de todos os cantos da cidade e se postou em forma de muro-vivo ao redor da casa. Traziam faixas e tatuagens com os dizeres "até a morte!", além de shofares, e cantavam louvores.
Tal movimento não passou despercebido dos zumbiteus que foram atraídos pela grande concentração humana. E lá veio a nuvem dos seres horrendos, num ataque fulminante, pulando sobre as pessoas e mordendo cabeças. Milhões de humanos se sacrificando e centenas de milhares de zumbis quebrando crânios como se fossem cocos.
Durante uns 10 minutos, os notáveis cristãos assistiram à épica batalha da janela do terceiro andar da casa. A cerca humana ainda era razoavelmente grande quando, surpresos, viram o movimento diminuir, perder velocidade, e... acabar. Surpreendentemente, os zumbiteus estavam mortos. Todos. E a cidade salva.
E fizeram uma grande festa com um mega show gospel e aquele dia foi decretado feriado nacional em homenagem aos grandes salvadores da pátria, os líderes cristãos, que discursavam mostrando como seus poderes especiais foram usados para derrotar o inimigo.
Um dos Resistentes, porém, não acreditando em tal poder, foi até o local da batalha investigar. Foi de dar raiva: por falta de cérebros, os zumbiteus morreram foi de fome.

retirado do blog Raiz duma terra seca

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Jesus não sabia de nada!?

Por José Barbosa Junior

Estou decepcionado com Jesus!

Depois de anos de convertido, depois de ter lido a Bíblia algumas vezes, e principalmente depois de ter lido várias e várias vezes o Novo Testamento, cheguei à conclusão de que fui iludido esse tempo todo por um líder que não sabia o que estava fazendo.

Como poderia alguém que se dizia Filho de Deus não discernir as coisas espirituais e ensinar tantas coisas erradas? Como poderia ele, que se dizia o Messias, não conhecer profundamente o coração do Deus que ele disse que o enviou? Como poderia aquele que disse que enviaria o outro Consolador desconhecer as suas próprias revelações?

Jesus foi um fracasso!

Senão, vejamos alguns erros de seu ministério:

Jesus ensinou que o Reino de Deus era semelhante ao grão de mostarda, simples, pequeno, sem ambições de poder. Que cresceria não para que a árvore se gloriasse, mas para dar ninho aos pássaros, para acolher o ferido, para dar lugar ao que sofre.

Ignorante! Não sabia que “somos cabeça, e não cauda”. Na sabia que a glória da segunda casa (e da terceira, da quarta, da quinta, são tantas casas!!!) seria bem maior do que a primeira. Como ele não sabia que sofrimento não tem lugar no reino de Deus? Será que ele não sabia que quando houvesse tristezas era somente necessário “declararmos” nossa posição em Cristo, e “tomarmos posse” de nossos lugares celestiais, voando acima das tempestades? E ainda teve a coragem de dizer que, no mundo, teríamos aflições... não sabia de nada esse tal de Jesus!!!

Esse tal Jesus também ensinou aos seus discípulos, pobres rapazes que deixaram tudo para o seguirem, que eles teriam que ir pelo mundo, pregando o evangelho, ensinando a todos...

Coitado! Não sabia que para conquistarmos os territórios para Deus, em primeiro lugar temos que realizar atos proféticos. Não sabia que precisamos entrar em “batalha espiritual”, desarmando o chefe daquele território, e ungir os lugares, desfazendo assim toda maldição. A coisa era bem mais fácil de ser feita, e ele insistiu na idéia louca da pregação pura e simples do seu amor! Que coisa!!! Nada se conquista mais por amor... estamos em guerra, temos que destronar Satanás e seus demônios através de jejuns fortes, decretos (até mesmo leis humanas) desautorizando a ação do diabo e seus anjos naqueles lugares.

Jesus não sabia que havia um princípio de legalidade, onde Satanás manteria o domínio da pessoa mesmo depois dela ter se encontrado com o Nazareno.

Pobre Jesus! Ensinou que se alguém cresse nele, VERDADEIRAMENTE seria livre. Enganou as pessoas ao fazê-las crer que simplesmente a fé em seu sacrifício seria suficiente para a salvação. Ele não sabia que precisávamos de sessões de regressão e renúncia de pecados passados... achava que a cruz bastaria.

Por fim, enganou a si mesmo, quando ao ser crucificado bradou em alta voz: “Está Consumado!”

Quanto engano! Jesus não sabia que nada estava consumado, que sua obra era insuficiente. Não sabia que seriam necessárias sessões e mais sessões de libertação para as pessoas, mesmo depois de terem crido nele, e terem sido salvas. Nada estava consumado. Nada se encerrava ali. Muito menos a salvação. Não seríamos resgatados do Império das Trevas para o Seu Reino, isso era ilusão. Ficaríamos com ele sim, assim de “meia-boca”, mas ainda cativo ao diabo, poderoso onipotente, esse sim cheio de toda a autoridade e força, pois nem o sacrifício do Cordeiro de Deus foi suficiente para quebrar-lhe o poder.

Tanto que até hoje precisamos de seminários e congressos para nos ensinar aquilo que Jesus e seus discípulos não sabiam: o poder do diabo sobre os servos dele, Jesus.

Na verdade, vocês sabem, não é isso o que penso... mas é o que, infelizmente, o povo que diz seguir a Jesus, tem ensinado por aí...

Que Jesus Cristo, Deus Todo-Poderoso, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Maravilhoso Conselheiro, Cordeiro de Deus, Eterno Salvador, Verdadeiro Libertador, tenha misericórdia de nós...

Amém!

José Barbosa Junior

retirado de www.crerepensar.com.br