sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O cordel da apostasia


Indo direto ao assunto.
Estou muito preocupado
Com o que anda se pregando
E sendo aceito adoidado.
Tão mentindo para o povo
Com esse evangelho novo
Que é anatemizado.(Gl.1:8)

Outro dia alguém me disse,
Parece conversa de bebo,
Que o diabo não existe
Só existe se eu concebo
Que morar de aluguel é pecado
E que pra ser abençoado
Basta dizer “eu recebo”

É corrente da casa própria
Corrente da impotência
Corrente do descarrego
Meu Deus quanta imprudência
E a pergunta que me sai
É até onde vai
A falta de inteligência.

Uma coisa bem marcante
Na nova teologia.
É que o dinheiro é que manda
Parece as Casas Bahia.
Sobra pastor interesseiro
Que topa tudo por dinheiro.
Até fazer baixaria.

E por falar em pastor.
Essa palavra é pequena
Eles querem é ser apóstolo
Ser pastor não vale a pena
Querem patriarcas entre os seus
Arcanjo ou vice Deus
Pra renda não ser pequena.

Mas uma coisa me alegra.
Ao ver tanta aberração
É que Jesus avisou
Não é novidade, não
Mateus capítulos sete.
Aonde Jesus arremete
à chegada dos fi do cão.( Mc 7: 15-23)

Esse outro evangelho
É bem visto por ai
Chamam de nova unção.
Facinho de engolir
Vem com tanto “marketismo”
Que até o catolicismo.
Tá começando a aderir.

Tem unção da risadeira
Da língua dos animais
Unção pra andar de quatro
Pra amarrar satanás.
Unção pra virar pastor.
E curar sem ser doutor
Quaisquer doenças fatais.

Unção é palavra fácil
Na língua desse povão
Muita gente se pergunta
Qual a significação.
Como muito já falei
A única coisa que eu sei
É que unção e outros não são

Se um anjo aparecesse
E me mandasse acreditar
Nesse evangelho falso
Que estão a anunciar
Eu dizia sai capeta
Que com essa tua treta
Tu não vai me enganar (Gl. 1:8,9)

O que escrevi aqui
É só pra acautelar

Fonte:
Comunidade no Orkut: Caio Fábio - Leitores/Ouvintes

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

John Lennon mal interpretado há 42 anos

Por muitos anos - desde o dia 4 de março de 1966 quando o repórter Maureen Cleave, do jornal The London Evening Standard, publicou o artigo “How does a Beatle live?” -, a famosa frase de John Lennon, “Nós já somos mais populares do que Jesus” repercutiu o mundo inteiro. A afirmação do beatle provocou a ira e até mesmo a revolta de vários grupos religiosos que passaram a classificá-lo como blasfemo, inclusive, protestando em shows e eventos por onde o grupo se apresentava.

Quinze anos depois, no dia 8 de dezembro de 1980, Lennon - que morava com a mulher Yoko Ono em um apartamento de frente para o Central Park em Nova Iorque - é morto com cinco tiros por um fã que, horas antes, havia lhe pedido um autógrafo. Surgia entre os religiosos o comentário: “Deus nunca se deixa zombar”, como se a frase dita por Lennon tivesse determinado sua condenação.

Agora, 28 anos após sua morte, a recente descoberta de uma entrevista concedida por Lennon à CBC em Montreal no ano de 1969, pode colocar fim a todas as acusações feitas ao cantor, ao que tudo indica, injustamente.

Na gravação – que em breve deverá ser veiculada na BBC4 de Londres – Lennon é questionado sobre a afirmação que lhe rendeu duras críticas por todo o planeta. Mas, ao contrário do que as inúmeras biografias relatam, ele defendeu-se dizendo que aquilo era apenas uma expressão: “De fato, os Beatles parecem ter maior influência sobre a juventude do que Jesus”, afirma Lennon “Agora, eu não estava dizendo que isto era uma boa idéia, até porque eu sou um dos maiores fãs de Jesus Cristo. Se eu puder mudar o foco dos Beatles para transmitir a mensagem de Cristo, então, é isso que o grupo vai fazer. Talvez as igrejas não se encham por causa dessa mudança. Mas haverá muitos cristãos dançando nas casas de show. O que eles celebram, não acho que seja importante, desde que todos estejam conscientes da mensagem do Evangelho”.

Se as idéias de Lennon, o compositor de “Imagine no religion”, ainda parecem profanas para o Cristianismo moderno, não vem ao caso - afinal, o astro considerava as instituições religiosas hipócritas e sempre lembrava de um padre que o havia expulsado da igreja por ter rido durante uma missa, quando tinha apenas 14 anos - Certo ou errado, fato é que sua polêmica afirmação só quis expressar que a igreja institucionalizada dos anos 60 não dialogava tão bem com a juventude da época, quanto as músicas apresentadas por seu grupo. Resta saber "se a igreja corporativista da atualidade", como diz Bono Vox, já mudou a sua concepção.

Retirado do blog de Oziel Alves

sábado, 1 de novembro de 2008

SABENDO SEM NADA SABER

João 9


O texto de João capitulo nove — ao introduzir através do “cego de nascença” o tema da Graça como poder de cura [da cegueira], de revelação [de quem Jesus era, de quem o cego era, de quem os pais do cego eram, e de quem os religiosos eram], de misericórdia [manifesta pela decisão unilateral de Jesus de curar o homem], de juízo [sobre os religiosos incrédulos], e, sobretudo, de desvendamento do poder da Graça na desestabilização dos poderes constituídos [o fato moveu as entranhas do Templo] — nos faz ver como a pressuposição de que se “vê” algo, como diziam os religiosos do texto, “nós vemos”, é justamente aquilo que mais nos cega.
Se fosseis cegos, pecado não teríeis; mas porque dizeis ‘nós vemos’, subsiste o vosso pecado”.
Assim, a equação espiritual do Evangelho acerca de “ver”, é simples:
Não veja por você mesmo. Veja através do Evangelho. Pois o ver mediante o Evangelho sempre parte do fato de que aquele que vê, antes de tudo viu que nada via. E viu sendo cego, pois, agora vê não porque tenha visto Quem o curaria, mas porque por Esse fora antes visto.
No entanto, aquele que diz: “eu vejo”, esse está cego!

Ora, mesmo nos meus melhores dias de percepção [Sim! Pois a percepção sofre variações] ainda vejo que nada vejo, ou, na melhor das hipóteses, vejo apenas muito e tão somente em parte e em parte...
Afinal, quem sou eu?
Sou o que não é em todos os sentidos!
Não tenho poder nenhum sobre e contra quase tudo, ou tudo.
Sim! Pois até na minha melhor segurança, somente seguro me sinto pela multidão de minhas ignorâncias, assim como alguém que dorme sobre um ninho de cobras hibernantes, e pela ignorância acerca da presença delas, descansa em paz.
Dou graças a Deus pela minha ignorância, pela minha chance de não saber, pelo descanso que advém de apenas confiar e viver em paz!
Dou graças ao Pai por apenas viver pela fé. Afinal, por mais hiper-confiante em Deus que eu seja [de fato: fosse], não sou Jesus; e não suportaria viver sabendo para além do que posso como homenzinho e vermezinho de Jacó.
Assim, cada dia mais amo todas as minhas limitações!
Estou tirando prazer da fraqueza e aprendendo dia a dia a benção de não poder e de não entender quase nada, e, ainda assim, andar satisfeito e muito em paz!
O paradoxo do Evangelho neste aspecto da vida, é que quanto mais você se satisfaz apenas em andar pela fé[e não que pelo que se pensa ver], mais surge em você a compreensão que excede o entender e o entender que prescinde do compreender.
E, assim (sem vírgulas):
Você começa a não saber enquanto já sabe sem saber como tudo aquilo que você não compreende possa estar em você entendido como algo que você não compreende para poder explicar.
Entendeu?
Mas é assim mesmo!
Creia e fique sabendo!


Caio Fábio (por e-mail)